Manter uma carreira estável atualmente é, muitas vezes, sinônimo de estresse, ansiedade e outros tipos de sofrimentos mentais, tornando a saúde mental no ambiente de trabalho uma questão fundamental.
No entanto, o estigma em torno dos transtornos mentais impede que muitos profissionais sejam abertos sobre o assunto com superiores e colegas.
Esse estigma desencadeou um fenômeno dentro e fora do escritório: a psicofobia.
A seguir, você vai entender o que é psicofobia e como cuidados com a saúde mental podem ser promovidos no ambiente de trabalho.
❗Atenção: este artigo não oferece um diagnóstico. Se você estiver passando por uma situação de sofrimento mental, busque ajuda profissional.
O que você vai ver por aqui:
Psicofobia é o preconceito contra as pessoas que apresentam transtornos mentais e/ou déficits cognitivos.
É um termo usado em sentido não-clínico no Brasil. Neste contexto, o sufixo “fobia” não tem um caráter médico, mas está relacionado a atitudes negativas ou preconceituosas.
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De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde, em todo o mundo, há mais de 1 bilhão de pessoas afetadas por transtornos psicológicos. No Brasil, cerca de 50 milhões de pessoas sofrem algum tipo de transtorno mental, segundo dados da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
Numa pesquisa global do Instituto Ipsos, 53% dos entrevistados brasileiros relataram alguma deterioração na saúde mental em 2020. Foi a quinta maior alta entre os 30 países pesquisados.
Entre as principais doenças, estão:
Para combater o preconceito com relação às pessoas que sofrem destes transtornos, a ABP idealizou a data de 12 de abril como o Dia Nacional de Enfrentamento à Psicofobia, visando a combater o preconceito, informar corretamente à população e trazer a conscientização sobre os transtornos mentais, seus sintomas e tratamento.
As frustrações no ambiente de trabalho são comuns e acontecem o tempo todo. Seja pela ameaça da perda do emprego, pelo desempenho não reconhecido, por falhas cotidianas, por relacionamentos complicados, pela insatisfação com o serviço ou pressões de produtividade.
Entretanto, todas essas aflições podem ser amenizadas em um ambiente que fornece as condições necessárias para a saúde mental.
O trabalho pode estar intimamente ligado ao surgimento de transtornos mentais, a começar pela síndrome de burnout. Em janeiro de 2022, a Organização Mundial de Saúde (OMS) incluiu oficialmente a síndrome na lista de doenças ligadas ao trabalho.
Hoje, 91% dos trabalhadores afirmam que as companhias têm o dever de investir em saúde mental. Não só entre os colaboradores, diga-se, mas também entre os líderes, que dizem ter captado a mensagem. 92% dos CEOs americanos, por exemplo, afirmam que aumentaram seus investimentos em bem-estar emocional dos funcionários após a pandemia.
Uma pesquisa da Oracle em 11 países mostrou que 76% dos funcionários consideram que suas empresas precisam fazer mais para proteger a saúde mental. No Brasil, o número é acima da média global: 84%.
De acordo com a Mental Health Foundation, quando temos boa saúde mental, temos um senso de propósito e direção, energia para fazer as coisas que queremos e capacidade de lidar com os desafios que acontecem em nossas vidas. O trabalho em si é ótimo para a saúde mental, mas um ambiente de trabalho tóxico pode levar a sérias complicações.
Assédio e intimidação no trabalho são problemas comumente relatados e tem um grande impacto na qualidade de vida das pessoas.
É importante lembrar que a maior parte dos gastos relacionados aos transtornos mentais no ambiente de trabalho são indiretos.
As consequências de não investir na saúde emocional dos colaboradores são maiores taxas de absenteísmo, afastamento e aposentadoria precoce.
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Existem passos simples que ajudarão você a cuidar de si mesmo. Confira algumas dicas de autocuidado:
Falar o que sente ajuda a lidar com os momentos de estresse e sobrecarga. Não é um sinal de fraqueza e faz parte de cuidar do seu bem-estar.
Identifique alguém com quem você se sinta confortável e fale. Pode ser um colega do trabalho, seu supervisor ou um amigo fora do ambiente de trabalho. Expressar suas emoções ajuda a aliviar a tensão.
Ter um acompanhamento profissional com psicólogo também trará muitos benefícios.
Às vezes, é impossível dar conta de fazer tudo sozinho. Ter a responsabilidade de entregar muitas demandas com prazos curtos, por exemplo, pode aumentar seu estresse emocional. Por isso, é muito importante pedir ajuda e saber delegar tarefas.
Se você sentir que sua carga de trabalho está te sobrecarregando, converse com seu gerente ou supervisor.
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Praticar atividade física influencia positivamente a saúde mental, pois aumenta a liberação dos neurotransmissores ligados ao humor, como a serotonina e a endorfina.
A Escola de Saúde Pública de Harvard descobriu em um estudo que apenas 15 minutos de caminhada ao dia reduzem os riscos de depressão em 26%.
Além de praticar exercícios físicos, você também pode incluir atividades no seu dia, como caminhar depois de almoçar, subir e descer escadas e fazer alongamentos.
Com a pandemia de Covid-19, muitas pessoas migraram para o home office, fazendo com que aumentasse a dificuldade de fazer a separação entre trabalho e descanso. Assim, é muito importante colocar limites de horário e, se possível, de espaço.
Uma dica é estipular outras atividades em horários específicos para que o fim do trabalho entre na rotina. Por exemplo, todo dia, às 18h30min, você pode se comprometer com a prática de uma atividade física.
Uma das maneiras de desenvolver uma maior inteligência emocional é buscando uma formação que desenvolva uma série de habilidades comportamentais necessárias para lidar com a psicofobia, como empatia, compreensão e comunicação assertiva.
Dê o primeiro passo para desenvolvê-las com a leitura dos guias do Blog do EAD:
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